terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sobre o capitalismo

Há mais de um século, Marx nos lembra sobre o mal que o capitalismo traz para a sociedade, para o convívio do homem em sociedade. E mesmo assim, diariamente as pessoas se corrompem, se desviam do que acreditam ser certo, de seus códigos de conduta moral e/ou éticos, ao mínimo tilintar do vil metal.
Na verdade, creio que não sabemos lidar com a questão do capital em nossas vidas, ou melhor, não nos sentimos à vontade com o fato de o outro julgar nossa relação com o dinheiro. O homem ocidental, capitalista por natureza, ainda não digeriu, antropagicamente, sua relação com o dinheiro. Amo-o ou o odeio. Pegue ou largue.
E assim, baseados, como em quase tudo, numa relação hipócrita, vamos levando a vida: fingindo não ligar, fingindo não almejar, mas de ouvidos atentos para o tilintar.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Meninas e lobos

Por que falar, se não há quem nos ouça? Por que gritar, se como resposta só há o eco!
E o que é o eco, senão o vazio de nossas vidas, relações, emoções?... "O homem é o lobo do próprio homem" (mais uma das frases que ecoam...)
Tenho dificuldade em saber quem sou, me definir, e sempre volto, como já disse, a Mário de Sá Carneiro : Eu não sou eu/Nem sou o outro/Sou qualquer coisa de intermédio/ Pilar da ponte de tédio que vai de mim para o outro.
Mas estou lendo Hermann Hesse, e descobri que sou um lobo da estepe, nada, nem ninguém no mundo me explicou tão bem quanto Hermann Hesse. Sou um lobo da espete, independentemente de do gênero, sou um lobo da estepe.
E convoco a todos os lobos a uivarem neste não-espaço, pois quem sabe aqui o eco seja não a resposta do vazio, mas o acalento de outros lobos uivando pra lua.

Freud e as mulheres

E o que querem afinal as mulheres? 

O que queremos nós? O que querem os homens de nós?

Sou feita de frases que ecoam em minha mente. Várias frases ecoam em minha mente. Um delas, dita por Márcia Tiburi, parafraseando suas milhares de leituras, sempre ecoa em minha mente: "O feminino não existe, é uma criação cultural."
Isso talvez nos permita dizer que a mulher, sujeito papável e capaz de um processamento lógico-racional não existe. Por isso, sorry dear Freud, mas para sua pergunta não cabe resposta.
Mas, pelo pouco que sei sobre você (se me permite tal grau de intimidade), dear Freud, sei que nunca buscou uma resposta lógico-racional, ou até mesmo psicanalítica. Imagine só, se permitiria que na busca de explicações se caísse em inúmeros clichês (ou representações do sujeito, mais a seu modo).

Por isso, eu, uma mulher na acepção mais crazy da palavra, um verdadeiro caso digno de análise freudiana, sugiro a todos os mortais: deixem de querer saber o que querem as mulheres, pois nós mesmas, as mulheres freudianas (seus estudos de caso) não o sabemos.

Entregamo-nos ao viver, aceitamos nossas representações, e talvez queiramos o que querem todas as personagens mais famosas da literatura mundial: alimentar a pulga de vive atrás de todas as orelhas masculinas, que sussurram: o que quer esta mulher?.... criando assim uma eterna insegurança talvez sobre o mais óbvio e simples.

Só posso dizer, quero tudo e quero nada.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

o porquê de um blog

Não sei bem o porquê desse blog, muito menos o rumo que ele pode tomar.Quem sabe eu poste aqui no não lugar do espaço virtual todos os meus anseios e inseguranças sobre a vida, sobre tudo...
Não entendo bem a necessidade de se expor para o mundo o que se pensa. Talvez busquemos no infinito da internet um ouvido amigo que não encontramos ao alcance das mãos. Ou talvez, ou talvez....
Sem muitas pretenções, aqui chego e espero que talvez encontre boas vindas. Iremos falar de um tudo, um tudo de um poema que li quando criança e que ainda ecoa em meus ouvidos: "sinto que já provei de um tudo...", não lembro o autor, mas sinto que ainda não provei desse um tudo que ele falava.
Aqui quero falar de um tudo e de um nada. Me permitirei a liberdade (promovida gramaticalmente por Osvald, nesta frase).

Aqui estou.